O estudo e observação de corvos no Brasil têm provocado crescente interesse e curiosidade entre ornitólogos, ecologistas e entusiastas da natureza.

Estes pássaros, que pertencem à família Corvidae, são conhecidos por sua inteligência excepcional e comportamento adaptável, tornando-os uma espécie fascinante para pesquisa e observação.

O Brasil, com sua biodiversidade imensurável e ecossistemas variados, proporciona um habitat rico e diversificado, no qual os corvos podem prosperar e apresentar uma gama de comportamentos intrigantes.

O aprofundamento do conhecimento acerca dos corvos no Brasil é imperativo para explorar as complexas interações entre fauna, flora e humanos, contribuindo para a preservação da biodiversidade e equilíbrio ecológico do país.

E agora? Está pronto para mergulhar no universo dos corvos brasileiros, conhecer suas espécies e desvendar os segredos que essa ave tão emblemática esconde? Acompanhe-nos nesta jornada e surpreenda-se!

Você sabe quantas espécies de corvos existem no Brasil?

Aqui no Brasil, existem 9 espécies de corvos, ou melhor, gralhas. São elas: gralha-do-campo, gralha-cancã, gralha-de-nuca-azul, gralha-picaça, gralha-guiana, gralha-do-pantanal, gralha-azul, gralha-violácea e cancão-da-campina.

Cada uma apresenta habilidades únicas, de acordo com o local onde vivem e essas informações serão vistas mais para a frente.

Por isso, para te ajudar a entender como funciona os corvos brasileiros e ainda por cima, aprender mais coisas sobre essas aves, nosso artigo conta com informações muito interessantes, perfeitas para os amantes da vida animal que adoram ficar sabendo sobre tudo dos animais!

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Características dos corvos no Brasil

Os corvos do Brasil são muito parecidos com a família corvidae. São aves muito inteligentes, com a capacidade de viver em grupo.

Por mais que não sejam chamados de corvos e sim de gralhas, eles possuem as mesmas características de um corvo europeu ou norte americano. Isso é o principal motivo delas serem representadas como corvos no Brasil.

O Brasil possui uma grande variedade de espécie de gralhas, que vivem em diferentes biomas do território. Veja abaixo algumas das melhores características dos corvos que temos no Brasil.

Alimentação

A alimentação dos corvos brasileiros costuma ser bem diversificada. Dependendo da espécie, eles se alimentam de plantas e pequenos animais como por exemplo, formigas, aranhas, caracóis, larvas e cigarras.

Além disso, algumas espécies costumam se alimentar de filhotes de rato e de pássaros, comendo também os ovos dessas espécies. Todos os corvos se alimentam de carne!

O equilíbrio entre animais e vegetais é importante para a ingestão de nutrientes, como o cálcio, por exemplo. Para poder obter melhores vitaminas, os corvos consomem diversos grãos e frutos, podendo gerar um certo prejuízo para agricultores menores.

Habitat e preservação

Por conta da sua adaptação muito flexível, os corvos brasileiros costumam viver em diversas áreas do Brasil, sendo elas tanto urbanas quanto rurais.

Presentes nas florestas da Mata Atlântica e também no Cerrado, esses animais possuem uma distribuição muito boa dentro do território brasileiro.

Essas aves costumam fazer seus ninhos dentro de troncos de árvores quando estão em aŕeas verdes e em telhados de lugares altos, como igrejas e torres, quando está em áreas urbanas.

O ninho costuma ser feito com galhos e dentro dele, é colocado algo fofo, como lãs e até mesmo, pelos de outros animais, inclusive os nossos cabelos.

Essa adaptação é muito positiva para esses corvos, que são capazes de ficar dentro de lugares com diferentes características.

O grande problema para essas aves são para as espécies acostumadas a viver na área rural, pois o desmatamento está se alastrando por esses locais.

Por isso, algumas espécies são mais difíceis de serem vistas do que outras. Para evitar que alguma espécie entre em extinção, é preciso preservar tanto o meio ambiente quanto o meio urbano, para que as aves urbanas também possam viver bem.

Características visuais dos corvos

Pensando em corvos, a primeira imagem que se passa pela cabeça é a figura preta e sombria que esses animais costumam ser representados na ficção. Aqui no Brasil, os corvos brasileiros costumam apresentar cores mais diversas que o preto.

Existem espécies que possuem uma coloração avermelhada, outras puxadas para o azul e outras são cinzas, variando também entre o preto e o branco, saindo da supremacia preta que todos conhecem.

Geralmente, os corvos são bem mais robustos do que outras aves e as fêmeas são bem parecidas com os machos, ou seja, não há dismorfismo sexual.

Reprodução

A reprodução desses corvos ocorre de forma sexuada, assim como em quase ou talvez todas as espécies de aves.

Esses pássaros gostam de procriar em estações mais quentes, mas outros não possuem um tempo ideal para o acasalamento.

Um bom exemplo de procriação mais organizada é o da gralha-azul, que costuma iniciar o período de reprodução em outubro, terminando em março do outro ano.

Em relação a parceiros, os corvos são apoiadores da monogamia. Geralmente, seus pares ficam juntos por toda a vida.

Os dois agem de forma cooperativa em diversas situações, como na preparação do ninho e também na criação dos filhotes.

Os corvos costumam botar cinco ovos a cada ciclo de reprodução e o tempo para nascer é de aproximadamente, um mês.

Comportamento dos corvos

O comportamento dessas aves é bem peculiar e de certa forma, impressiona aqueles que pesquisam mais a respeito delas.

Além da lealdade ao seu parceiro, os corvos brasileiros costumam viver em bandos, sendo muito respeitosos com os membros do grupo.

Conhecidos pelo companheirismo presente nas suas ações, você não verá um corvo do Brasil sozinho. Eles sempre estão juntos para que possam se ajudar em situações mais complicadas.

9 Espécies de gralhas do Brasil

Anteriormente, falamos sobre a presença de 9 espécies de corvos no brasil que podemos encontrar. Antes de mais nada, é bom entender que as gralhas fazem parte da família Corvidae, a mesma família dos corvos pretos e famosos que todo mundo já ouviu falar.

Entendeu porque as gralhas são chamadas de corvos?

Gralha-do-campo

• Nome em inglês: Curl-crested Jay

Começamos pela gralha-do-campo, que tem o nome científico Cyanocorax cristatellus. Elas costumam viver na região centro-oeste do Brasil e são conhecidas também pelo nome gralha-do-cerrado.

Por esse nome, já se pode imaginar que elas são encontradas dentro do bioma do Cerrado, conhecido pelo clima semi árido e com poucas árvores mais altas.

Sua cor chama bastante a atenção, pois suas penas possuem uma coloração azul forte, principalmente perto das suas asas.

Ao longo do corpo, manchas pretas e branco também fazem parte da característica visual dessa gralha, que se destaca entre os demais animais presentes neste bioma.

Seu comprimento pode chegar a até 35 centímetros, podendo ser um pouco maior dependendo da espessura das penas em suas asas.

Sua alimentação consiste em pequenos insetos, como formigas, lagartas, aranhas e cigarras, além de ovos de outros pássaros. Além disso, são aves que consomem bastante frutos.

Gralha-cancã

• Nome em inglês: White-naped Jay

Uma das espécies de corvos no Brasil é a gralha-cancã, de nome científico Cyanocorax cyanopogon, é uma ave nativa da caatinga, ou seja, também frequenta o cerrado brasileiro.

Conhecida também pelo nome de cancão, essa gralha gosta de locais semi-áridos, assim como a gralha de cima. Elas não costumam viver juntas, mas fazem parte do mesmo ambiente!

Essa ave possui um destaque a mais por conta do seu canto que, ao contrário de outras espécies de aves, é bem forte e possui um alcance gigantesco.

Se você ouví-lo, é provável que a ave esteja bem distante de você. Orem, seu canto é capaz de chegar bem longe!

Com sua coloração preta e branca, ela não é uma ave tão destacada em questões visuais, mas mesmo assim, possui uma beleza admirável.

Em relação ao comprimento, a gralha-cancã consegue medir cerca de 34 centímetros. Sua vivência costuma ser em bandos de três a nove indivíduos, com todos trabalhando de forma cooperativa.

Além de se alimentar de insetos e frutos, essa gralha também costuma se alimentar de peixes, aves menores e pequenos roedores, como ratos.

Gralha-de-nuca-azul

• Nome em inglês: Azure-naped Jay

A gralha-de-nuca-azul, de nome científico Cyanocorax heilprini, é uma espécie de gralha que vive em florestas menos densas da região Amazônica, na região norte do país.

Existe outra gralha na lista que se parece muito com a gralha de nuca azul e não é a gralha-azul. Quando chegar nessa espécie, vocês vão perceber a semelhança!

A coloração dessa gralha costuma ser azul, mas existem mais de um tom dessa cor. Nas partes inferiores, o azul-claro é o que está mais presente.

Nas regiões superiores, o azul-escuro acaba sendo o protagonista. Além disso, a cor branca também está presente, pois alguns tons de azul podem ser tão claros a ponto de serem quase brancos.

O comprimento dessa ave costuma ser de 33 centímetros e elas gostam muito de viver em locais mais arenosos, como a caatinga, também presente em alguns locais da região Amazônica.

O grande problema é a probabilidade dessa espécie estar em extinção, pois foram achados poucos exemplares na natureza.

Os pesquisadores estão tentando achar mais aves dessa espécie para estudos mais profundos, pois ela é uma gralha que foi descoberta recentemente. Esperamos que elas sejam melhor localizadas!

Gralha-picaça

• Nome em inglês: Plush-crested Jay

De nome científico Cyanocorax chrysops, a gralha-picaça é um tipo de gralha muito interessante, pois possui características ainda mais marcantes do que as outras espécies de corvos brasileiros.

Também conhecida como gralha-de-crista-negra, ela é encontrada em locais da Mata Atlântica e do Cerrado, principalmente em locais de aŕvores densas e altas.

Em relação ao tamanho, a gralha-picaça chega a 34 centímetros de comprimento. Essa ave costuma se alimentar de pequenos insetos, mas sua alimentação principal são sementes de pinheiros-de-araucária.

Assim como a gralha-azul, a gralha-picaça também contribui bastante com a disseminação das sementes dessas árvores.

Mas o significado mais importante em relação a essa gralha é a sua capacidade imitar vozes de outros animais, incluindo pássaros e mamíferos.

A potência vocal dessa ave é muito admirável, podendo deixar os predadores e também as pessoas confusas por conta de sua imitação perfeita.

Gralha-guiana

• Nome em inglês: Cayenne Jay

A gralha-da-guiana, de nome científico Cyanocorax cayanus, possui esse nome por conta da sua origem ser na Guiana.

Porém, essas aves costumam migrar bastante e por isso, são encontradas dentro da floresta amazônica, que pega tanto o Brasil quanto o país da Guiana.

Esse tipo de gralha preferem locais mais arenosos e por isso, é difícil vê-la em uma floresta muito densa.Elas sempre estão em bandos maiores, de 12 ou mais pássaros.

Em média, costumam medir cerca de 33 centímetros e suas cores são azul claro, preto e branco. As asas possuem o tom de azul, sua cabeça é preta e parte dos corpo carrega manchas brancas.

A sua alimentação não é muito diferente das outras gralhas, pois a gralha-guiana costuma se alimentar de pequenos insetos e invertebrados, sementes de árvores e até mesmo, ovos de outras aves.

Gralha-do-pantanal

• Nome em inglês: Purplish Jay

A gralha-do-pantanal, de nome científico Cyanocorax cyanomelas, é uma ave que já tem seu habitat descoberto por conta do seu nome.

Essas aves vivem dentro do bioma do pantanal, localizado na região centro-oeste brasileira. Por conta da sua coloração ser voltada para o azul ou para o cinza, essa gralha também pode ser chamada de gralha-cinza ou corvo-azul.

Elas consomem pequenos insetos e frutos, assim como as outras gralhas existentes no Brasil. A cor azul é uma cor muito presente nas espécies de gralhas e por conta disso, essa gralha pode ser confundida com outras espécies de aves, com a própria gralha-azul.

No entanto, essas aves possuem um diferencial que só pode ser descoberto depois de um tempo de observação.

A característica que define essa gralha é o seu tempo de voo. Além dela andar em bandos e ser um pouco menor que as gralhas-azuis, as gralhas-do-pantanal costumam fazer voos únicos em cima de grandes áreas, ao contrário das outras espécies de gralhas.

Gralha-azul

• Nome em inglês: Azure Jay

A espécie Cyanocorax caerulus, também conhecida como gralha-azul, é uma ave típica de lugares onde os pinheiros estão presentes.

Se encontra em florestas dentro da Mata Atlântica, região litorânea do país. Sua espécie acaba sendo a grande disseminadora dos pinheiros-do-Paraná, pois elas estocam suas sementes no solo.

Sua alimentação consiste em sementes e pequenos animais, como formigas, larvas e aranhas. Ela é a gralha que possui um ciclo de reprodução mais regrada, que ocorre durante os meses de outubro a março.

Apesar de morarem em locais mais frios, essas aves se dão bem em regiões temperadas, principalmente para criar seus filhotes.

A organização em bando das gralhas é o forte delas. Sua cor predominante é azul e elas possuem uma mancha preta na cabeça, no pescoço, ou no peito, podendo ter as três.

Seu canto é bem peculiar e se espalha muito bem pelo ambiente, pois essa ave possui cerca de 14 tons de vocalização. De tamanho, podem chegar a 39 centímetros de comprimento.

Gralha-violácea

• Nome em inglês: Violaceous Jay

A gralha-violácea costuma ser encontrada na região norte do país, em estados como Acre, Amazonas, Roraima e Rondônia, local predominante da floresta Amazônica.

De nome científico Cyanocorax violaceus, essas aves não gostam de locais secos e preferem habitar regiões fluviais, como margens de rios ou lagos.

Como alimentação, a gralha-violácea se destaca pelo alto consumo de peixes, por conta de viver em locais aquáticos.

Por mais que o nome se mostre parecido com a cor violeta, essas aves possuem um tom azulado, puxado para o cinza ou para o branco.

Em relação ao modo de viver, essas gralhas costumam ficar em bandas e possuem uma estratégia de linha de ataque em forma de fila indiana, sendo muito perspicazes nisso.

Em comparação com as outras gralhas, elas são maiores, pois medem cerca de 37 centímetros de comprimento, podendo mostrar sua beleza em voos em cima de grandes áreas.

Cancão-da-campina

• Nome em inglês: Campina Jay

Também conhecida como gralha-da-campina ou até mesmo, corvo da barba azul, o cancão-da-campina possui o nome científico Cyanocorax hafferi, sendo esse último uma homenagem ao ornitólogo que descobriu a espécie. Seu nome era Jüngren Haffer.

Encontrada na caatinga, a gralha gosta de um clima semiárido, sendo conhecido pelos seus gostos peculiares. Por possuir penas azuis embaixo do bico, dá a impressão de que ele tem uma barba.

E suas sobrancelhas são brancas, deixando essa ave com um aspecto bem diferenciado das outras,espécies.

Além disso, há uma crista escura que cobre a região das suas narinas. Em relação à alimentação e ao comportamento, não há muitas diferenças para as outras espécies acima, pois elas se alimentam de pequenos insetos e frutos.

Em relação ao tamanho, ela pode medir 35 centímetros de comprimento, tendo um tamanho padrão dentro da família das gralhas.

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Curiosidades sobre os corvos do Brasil

Existem várias raças de corvos no Brasil como já mostramos no artigo. Devido a uma vasta variedade, acaba por existir curiosidades muito interessantes.

Em relação aos corvos de outros lugares, as características são muito semelhantes, como por exemplo, viver em bando, comer outros animais e fazer barulhos peculiares.

Como ponto adicional, as gralhas são bem mais coloridas do que os corvos de outros países! Vamos saber sobre essas características?

O corvo pode falar?

Só nos desenhos animados e filmes de fantasia! Dentro da ficção, os corvos acabam possuindo algumas características inanimadas, como a capacidade de se comunicar com os seres humanos.

No mundo animal e real, os corvos fazem sons específicos para se comunicar entre seus exemplares, mas nada que pareça com uma conversa para um ser humano entender.

Se um dia você ouvir um corvo falando, é melhor consumir menos fantasia, pelo menos por precaução!

Qual a diferença entre o corvo e gralha?

A diferença acontece por conta das espécies. As gralhas e os corvos são pertencentes à mesma família, mas o corvo preto que conhecemos vive em regiões frias, como na Europa, na América do Norte e também na Ásia.

Não há corvos desse tipo no Brasil, mas as gralhas são aparentadas de corvos, assim como há corvos que são chamados de gralhas. É uma questão muito mais cultural do que biológica.

Esses animais são extremamente inteligentes?

Sim, os corvos e as gralhas são animais extremamente inteligentes. Além de sempre agirem de modo cooperativo, o que já é um sinal de inteligência acima do normal, essas aves são capazes de imitar outros animais e se comunicar de forma única, mostrando que são espécies evoluídas. Por isso, são aves muito inteligentes que calculam seus atos.

Os corvos são atraídos por objetos brilhantes?

Não há um estudo comprovando essa atração dos corvos por objetos brilhantes, então essa pergunta acaba ficando sem resposta.

O que se sabe é que esse rumor acabou surgindo por conta dos criadores de corvos, que sempre estavam com metais por perto, com moedas e pedaços de metal e usavam para chamar os corvos para perto.

Eles podem até ser atraídos pelo barulho do metal, mas ainda sim, são apenas hipóteses.

Qual a idade que pode viver um corvo?

A idade média dos corvos varia entre 7 a 15 anos, dependendo do tipo da espécie. No caso das gralhas brasileiras, a média é praticamente a mesma.

Tudo depende do local onde vivem, do alimento, do estilo de caça e também dos problemas que a região está enfrentando. O principal vilão dos corvos no Brasil é o desmatamento.

Os corvos da Europa e da América do Norte também sofrem com a mesma situação.

Qual o estado de preservação do animal?

Algumas espécies de corvos no brasil, como a gralha-azul, estão passando por um risco de extinção, pelo fato do seu habitat natural estar sendo destruído por conta do desmatamento e da poluição.

Mas a maioria das espécies não se encontra dentro da lista vermelha, sendo pouco preocupantes.

Porém, por mais que a maioria não esteja em perigo, é extremamente importante preservar todos os biomas que elas vivem, para que no futuro, não haja mais espécies sofrendo com o risco da extinção.

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